terça-feira, 8 de julho de 2008

Felicidade em doses Homeopáticas

(...)
- Não, não sei. Já disse que não sei.
- Quando você vai saber?
- Talvez nunca.
- Mas se não for agora, pode não ser mais.
- Sinto.
- Sente o quê?
- Um lamento.
- Mas você quer viver assim?
- Não. Assim vai ser só dor com pinceladas de prazer ou vice-versa.
- E de outro jeito é só frustração.
- Não há como manter esses sentires todos intensos e desordenados.
- E então? A gente se larga e se dói? Ou a gente fica perto e vive de felicidade em doses homeopáticas?
- Não, não sei. Já disse que não sei.

E. Alvarez

7 comentários:

Anônimo disse...

levei um papo bem parecido com esse há pouco mais de um ano... a gente se largou e se doeu, mas foi melhor assim...

belo texto!

beijos

Anônimo disse...

amei amei amei

João Jales disse...

Homeopatia é balela. Intensidade é o pincel que deve colorir esses momentos, e a tinta só você pode escolher. Cores frias ou quentes? Você quem diz. E pense rápido. Já disse isso, agora escute isso também.

Bons Ventos

Letícia disse...

Meu comentário está na Filosofia de Guardanapo. Mas deixo aqui a citação...

"Não sei falar. Só sei sentir."

(Eveline)

Anônimo disse...

A vida inteira busquei
explicações e deciframentos:
encontrei silêncio e segredo,
às vezes o conforto de um ombro,
outras vezes
dor.

No últiml lapso
de um tempo sem limites
- embora a gente o queira compor
em fragmentos - ,
abriram-se as águas
e entrei onde sempre estivera.
Tudo compreendido
e absolvido,
absorta eu me tornei
luz sem sombra:
assombro.

[Lya Luft]

Anônimo disse...

Nossa!!!
Vc lê pensamentos???
Vc leu os meus?
Maravilhoso!

Bjs

Germano Viana Xavier disse...

E.A.,

eis mais uma questão para o eterno dos dias.

Universal como bidê em hotel grã-fino.

Abraços de sempre.
Germano