Eu escrevo para externalizar o que nem em mim conheço.
E.Alvarez
Tenho sede. Várias. Algumas podem ser saciadas. Outras não. Algumas não sei nem explicar, só sentir.Tenho é sede de palavras agora... sentí-las...vivê-las, suspirá-las.
Não sabendo conjugar o verbo explicar apenas sei que me permito conjugar meus próprios verbos inventados. Quando escrevo é quando eu me liberto. É quando me encontro. É quando me perco e não quero ser achada. É quando não posso dizer e digo. É quando corro riscos de ser descorberta. É quando deixo o outro em dúvida. É quando a única certeza que tenho é de não saber a próxima sílaba que me espera.
... São nas entrelinhas onde me escondo.
E. Alvarez
5 comentários:
Nos perdemos nas entrelinhas e não só nesses curtos espaços entre a palavra primeira e a continuação. Cada texto deixa de ser seu quando exposto ao sol e vêm os olhos de quem lê e nos rouba a identidade. Mas escrever é libertar-se. É dar continuidade ao nosso querer ser e existir. Não é dor ou excesso de fragilidade. Não é sensibilidade ou inspiração. Não é fuga ou exagero de quem ama. Escrever é perder o medo, existir, assumir, render-se e finalmente dar-se por completo. Escrevemos porque o tempo é curto e cada letra é semente e embora a terra seja árida, nosso escrever semeia e torna suave a vida, o nosso acordar e nosso dormir. Nossos dias não têm fim. Quem escreve não morre, não some, não perde o rumo. Escrever é o equilíbrio de quem anda em vários mundos e não esquece de voltar à página ainda não lida de seu livro favorito.
Alice
Go on with your writings.
They save you.
They really save me...
sampa nos espera! :D
Oi Eveline !
Adorei seu blog novo.
Voxê tem muita habilidade com as palavras.
Bjs, e boa semana !
eu me escondo com palavras...com muito silêncio... nas entrelinhas...ouço meu turbilhão.
Faz tempo que decidi ficar longe das palavras que cortam (samurais, facas e dentes)...o silêncio é hoje mais que uma prisão.
"A sombra fria dos afetos me vigiam
olhos me despem furiosos e rasos
tenho o que agradecer...não escrevi nenhum poema...ouça: no relento apenas balbucio.
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