domingo, 14 de setembro de 2008

Ensaio

leve-me às ruas escuras da sua mente.
leve-me ao teu colo incerto
deixe-me ver seu olhar quase pálido destruído pela noite.
deixe-me ser o gosto amargo da tua dose de whisky mais barato.
seja minha ilusão disfarçada de bem-querer.
seja meu motivo de cama vazia na manhã seguinte.
e assim...meu melhor ensaio de amor.

E. Alvarez

4 comentários:

Letícia disse...

É o amor de mentira, né? Só que a gente esquece que essa coisa de amor tem figimento mesmo. Como o poema diz...

"e assim... meu melhor ensaio de amor"

(Eveline)

Que andas tomando? ¬¬
E sim, eu gostei.

Narradora disse...

Amor inventado...
Uma constatação calma e física - com cheiro, gosto e cama bagunçada.
Companhia na solidão.
Gostei do texto - palavras e significado.

Anônimo disse...

deixe-me ser o seu gozo antes da morte.... o afago antes da facada...e o amargo sempre amargo....a loucuras frias webeanas... abraços... sempre mandando nos escritos...bj

A que está escrita. disse...

Sempre me pergunto se existe amor que não seja verdadeiro. Quando ele é inventado, sai do alto e chega à pele, já não é amor, amor e não amor, qualquer coisa?
Quase todos os meus amores começaram assim, uma frase solta que se repete ao infinito, vira música, quando me dou conta, a cama já está revirada, o ensaio feito, só falta ir lá e ver que gosto tem.
Gostei tanto disso, desse seu jeito de falar!
Beijo de cortinas abertas!!! ;)