terça-feira, 2 de novembro de 2010

Minha Poesia

É a primeira letra que canta
É a palavra coxa que quer dançar
É o verso contido
É o reverso que nasce
É o primeiro verso que ressoa
É o segundo que emudece
É a rima tímida
É o terceto que geme
É o quarteto inconsequente
É a estrofe excitada
É o silêncio que quer se desfazer em gozo
É coito interrompido
É o sexo que seca
É a saudade lírica que fica
É o emaranhado de versos
É nó singular que quer ser plural.

E. Alvarez

11 comentários:

Letícia Palmeira disse...

Pouca coisa me deixa tão "amazed" quando ler gente que precisa escrever e não escreve.

Já disse e repito: Deixa o trem sair da linha, Eve. Escreva que tua poesia é isso tudo aí e muito mais.

Beijo.

Igor Von Richthofen disse...

Bela poesia que tive o prazer de ler num dia ruim...

Alex Sens disse...

Que toda singularidade seja desconstruída para a reconstrução da pluralidade, ainda que a solidão vença às vezes - bem-vinda solidão. Gostei dos versos, moça, mas sei que há muitos outros, mergulhados na terra, para definir sua poesia...

Beijos,

Anônimo disse...

Essa poesia não poderia ser escrita por outra pessoa, que não fosse você, esse ar de mistério que ronda teus olhos, esse teu jeito que me intriga, onde demonstra ser um "ser", e de repente se torna outro faz parte desse poema!

PS: Te tenho um grande afago!

Eveline disse...

Obrigada pelas visitas, Letícia Palmeira, Igor e Alex Sens. Obrigada pelo carinho de sempre por aqui.

Anôninmo, obrigada também por ter passado por aqui,apesar de eu não fazer idéia de quem seja você, fico mesmo assim, feliz por ter me lido. Obrigada.

Anônimo disse...

Mas feliz fico eu, por ter me respondido viu? E mais...
Continue escrevendo sempre que puder, pois todos os dias dou uma olhadinha pra ver se tem algo novo! Gosto muito do que vc escreve e gosto muito de vc tbm tá?

PS: adoraria revelar quem sou, mas as evidencias me dizem que é melhor não... ;P

Wellington Júnior disse...

Tive a oportunidade de ler esse texto diretamente do celular da autora.
Mas prefiro deixar registrado aqui a minha mais profunda admiração por Eveline. Tanto como pessoa, tanto como poetisa.
Elogios melosos à parte, gostei muito do texto. Gosto da metalinguagem, gosto de poeta que fala sobre poesia com intimidade. Faz a gente pensar sobre a própria arte de escrever.

Continuo na espera de mais postagens...
Beijos

Eveline disse...

Wellington, fico feliz que tenha gostado do que escrevi. Suas palavras são mais um estímulo para que eu continue. =) E outra, vc diz que gosstou do texto, porque vc é muito gente boa. =))) Obrigada, querido.

Anônimo, mais uma vez obrigada pela presença aqui.

Anônimo disse...

Thanks :)
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Wellington Júnior disse...

Como você é modesta, Eveline.
Você sabe que eu lia seu blog mesmo antes de lhe conhecer, então esse seu argumento não tem fundamento!
rsrsrs
:)
Beijos

Pluralidade do meu singular disse...

"É o emaranhado de versos, é nó singular que quer ser plural."
Perfeito!!